Quarta, 03 de Setembro de 2025

Ajuda Humanitária a Gaza: Flotilha com Delegação Brasileira Navega em Missão de Paz

Ativistas brasileiros se unem a missão internacional para romper bloqueio e levar suprimentos essenciais ao povo palestino.

31/08/2025 às 13:50
Por: Redação

Uma delegação brasileira composta por 13 pessoas se juntará à Global Sumud Flotilla, uma missão internacional que visa entregar ajuda humanitária a Gaza, no Estado Palestino, por meio de transporte naval.

O território, que enfrenta severas restrições de acesso impostas por Israel, sofre oficialmente com a fome, conforme dados da Classificação Integrada da Fase de Segurança Alimentar (IPC), um órgão vinculado à Organização das Nações Unidas (ONU).

A flotilha congrega representantes de mais de 44 países, com partidas programadas da Espanha, no domingo (31), e da Tunísia, na quinta-feira (4).

Segundo os organizadores, esta ação é considerada uma das maiores iniciativas de solidariedade internacional já realizadas em prol de Gaza.

A delegação brasileira é formada pelos ativistas Thiago Ávila, Bruno Gilga Rocha, Lucas Farias Gusmão, João Aguiar, Mohamad El Kadri, Magno Carvalho Costa, Ariadne Telles, Lisiane Proença, Carina Faggiani, Victor Nascimento Peixoto e Giovanna Vial, além da vereadora de Campinas Mariana Conti (PSOL) e da presidenta do PSOL do Rio Grande do Sul, Gabrielle Tolotti.

De acordo com a Freedom Flotilla Brasil e o Global Movement to Gaza Brasil, o objetivo da ação é estabelecer um corredor humanitário para o transporte de alimentos, água e medicamentos para a população palestina, buscando também romper o controle israelense sobre Gaza.

“Nosso propósito é romper, de forma não violenta, o cerco ilegal imposto pelo regime de ocupação em Gaza, que restringe ou impede o acesso a alimentos, água e medicamentos”, declararam as organizações em comunicado.

Em junho, uma embarcação da Flotilha da Liberdade, que se dirigia a Gaza com ajuda humanitária, foi interceptada por Israel. Doze tripulantes, incluindo o brasileiro Thiago Ávila, foram detidos em águas internacionais.

O Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH) emitiu uma nota na época, classificando a interceptação do navio da Flotilha da Liberdade por Israel como um crime de guerra e solicitando ao governo brasileiro a suspensão das relações diplomáticas e comerciais com Tel Aviv.