Quarta, 20 de Agosto de 2025

PF e CGU investigam desvio de R$ 3,8 milhões em contratos da antiga pasta de Damares Alves

Operação Kabali apura supostas fraudes em cursos de formação profissional durante a gestão de Damares Alves no Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos.

19/08/2025 às 23:01
Por: Redação

A Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação Kabali nesta terça-feira (19) em conjunto com a Controladoria Geral da União (CGU) para investigar supostas fraudes em contratos de formação profissional firmados entre o antigo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) e o Instituto de Desenvolvimento Social e Humano do Brasil (IDSH).

Foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão nos bairros de Campo Grande e Jardim Sulacap, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.

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Segundo a PF, os contratos visavam a formação profissional em cursos de informática, designer gráfico e informática básica. No entanto, não houve comprovação da realização dos cursos, com indícios de desvio de verbas públicas. Os investigados podem responder por fraude em licitação, peculato e associação criminosa.

O suposto desvio é estimado em R$ 3,8 milhões, ocorrido durante a gestão de Damares Alves, então ministra e hoje senadora pelo Distrito Federal (Republicanos), no governo de Jair Bolsonaro (2019-2022).

Em nota, a senadora Damares Alves afirmou que a apuração foi iniciada por ela mesma, que solicitou uma auditoria à CGU em 11 de fevereiro de 2022, após detectar indícios de irregularidades nos contratos com o IDSH e o Instituto Nacional de Desenvolvimento Humano (INADH).

De acordo com Damares, o relatório da CGU teve origem em informações fornecidas pela Assessoria de Controle Interno do MMFDH.

A senadora informou que, após receber o relatório, o MMFDH exigiu esclarecimentos e providências das organizações sociais. Em 20 de outubro de 2022, o IDSH ressarciu R$ 1.100.659,46 aos cofres públicos.

Damares Alves também declarou que não conhece os donos do IDSH e da INADH.